A supervisão clínica é consensualmente vista como um componente vital no desenvolvimento de psicoterapeutas. Não há uma única forma de fazer supervisão, pois existem vários modelos e propostas diferentes, com alcances e objetivos também diversos. Nessa perspectiva, é importante destacar que a supervisão possui diferentes funções e focos de trabalho. Se quiser saber mais sobre este tema, solicite o Guia de Supervisão.
Os focos que priorizo na supervisão são o processo do terapeuta, a relação terapêutica e as estratégias e intervenções. Comecei a trabalhar com supervisão em 2008. Desde então, com minha experiência como supervisora e também como terapeuta de outros psicólogos de diversas abordagens teóricas, percebo claramente a diferença na postura profissional e o impacto das ressonâncias entre aqueles que vivenciaram atividades voltadas para o trabalho com a pessoa do terapeuta durante seus cursos de formação e/ou especialização e aqueles que apenas cursaram uma pós-graduação mais teórica.
Pensando nessa demanda, passei a adaptar exercícios e técnicas, geralmente utilizadas em cursos de formação em terapia de família, para serem vivenciadas em espaços de supervisão. Assim, costumo propor perguntas voltadas para a pessoa do terapeuta em muitas sessões de supervisão. Isso porque, muitas vezes, o impasse terapêutico relatado não está relacionado ao aporte teórico ou ao repertório de técnicas, mas sim a dilemas humanos do supervisionando.